Amamentação prolongada/ minha experiencia/ 8 razões para amamentar o seu filho até os 2 anos POR JULIANA CARREIRO


Bem boa tarde boa noite ou boa madrugada, sejam bem vindos ao Mom!

 

Hoje vou falar um pouco da minha experiência sobre a amamentação prolongada, e também colocar aqui embaixo 8 benefícios da amamentação prolongada com ajuda de alguns artigos científicos para ter um respaldo de como podemos nos ajudar. Bem eu tenho dois filhos uma filha de 11 anos e uma filho de 7 anos, ambos com experiências diferentes principalmente quando se trata de amamentação, com a Jú (filha de 11 anos) eu amamentei até os 7 meses de vida, no caso por livre e espontânea pressão, meus familiares não achavam necessário a amamentação prolongada (que no caso nem era a prolongada mas enfim),  eu estudava pois tinha somente 16 anos quando ela nasceu, e tudo isso foi um turbilhão de emoções na minha vida, fora que tive alguns problemas na amamentação como confusão de bicos (confusão de bicos é um termo comumente utilizado para explicar a dificuldade que algumas crianças têm de continuar o aleitamento materno após terem sido submetidas a algum tipo de bico artificial), e também o uso da mamadeira (lembrando que estou contando minha experiência não estou dizendo que quem faz ou uso desses artifícios são mãe ruins ou boas), por fim no 7 mês de Júlia decidi parar de amamentar, pensava que por eu precisar trabalhar isso iria dificultar, e decidi por para de vez a amamentação (sim com todas essas dificuldade consegui ainda amamentar). Com o Chris (meu filho de 7 anos),  já foi bem mais tranquilo primeiro que ele não fiz uso de chupeta e nem babadeira, isso me ajudou muito com a amamentação, e a cama compartilhada também (cama compartilhada é quando mãe e bebê compartilham a cama na hora de dormir), com ele eu fiz muitas coisas diferentes, eu estava em casa em período integral, e isso me ajudou bastante, ele amamentou até 3 anos e 9 meses, desmame natural ( desmame natural, a criança se auto desmama, o que pode ocorrer em diferentes idades, em média entre os dois e quatro anos), e sinceramente não foi algo fácil, simples e 100% tranquilo, porém a amamentação em nós mamães além dos benefícios aos bebês, libera um hormônio chamado ocitocina, que é o hormônio do prazer, então apesar de qualquer dificuldade eu amava amamentar, nas duas situações, me lembro que a Jú eu chorei a tomar essa decisão que parando para pensar hoje talvez nem era tão necessária, por fim vou colocar aqui embaixo 8 razões para amamentar o seu filho até os 2 anos, no caso pela a OMS (organização mundial da saúde) não a um limite, entre mais ou menos tempo de amamentação, então vamos aqui ao benefícios desse ato de amor com mais de 6 messes, ou de 2 anos ou mais.

 

8 razões para amamentar o seu filho até os 2 anos

POR JULIANA CARREIRO


01 – A amamentação é a base para a formação do sistema imunológico
 
O colostro, leite grosso que é o primeiro a ser sugado pelo bebê, possui 700 espécies de bactérias saudáveis, que irão fazer a colonização inicial do intestino e isso é fundamental para que tenhamos um sistema imunológico eficiente durante a vida toda. Estas bactérias são responsáveis pela formação de 70% das nossas células de defesa. É só a partir do sexto mês que o sistema imunológico dos pequenos ficará independente do materno, neste período de transição ele precisa dos fatores imunológicos que serão transmitidos pelo leite da mãe. É muito importante ressaltar que quando a criança não tem contato com o peito assim que nasce, com a amamentação de primeira hora, muito provavelmente, receberá um soro com glicose no hospital e por conta disso terá sua primeira colonização intestinal feita com bactérias hospitalares, o que irá enfraquecer seu sistema imunológico desde o seu primeiro dia de vida. A amamentação de primeira hora é tão importante quanto simples de ser realizada, basta colocar a boca do bebê em contato com o mamilo materno assim que ele nascer, não é preciso que ele sugue uma grande quantidade de leite. Essa prática é uma das ações que os hospitais devem cumprir para receber da Unicef o selo Hospital Amigo da Criança. Se você está grávida, vale a pena conferir quais hospitais têm esse selo, antes de decidir onde fará o parto.
 
02 – O leite materno evita o contato com o leite de vaca e com as fórmulas não-hidrolisadas
 
Já é um consenso entre as Sociedades de Pediatra que se deve evitar a introdução de leite de vaca ou de leite de soja até que o pequeno complete seu primeiro ano de vida. Isso ocorre porque os dois alimentos têm alto potencial alergênico, são compostos por proteínas que ainda não são bem digeridas e causam processos inflamatórios no organismo. Mas o que vemos em muitos consultórios pediátricos, antes mesmo do bebê completar seis meses de vida, é a recomendação para que as mães substituam o próprio leite pelas fórmulas, que têm como base o leite de vaca. Ao primeiro sinal de dificuldade das mães em amamentar, dificuldades comuns que boa parte das mulheres enfrenta, a orientação costuma ser pela desistência. Quando é feita a substituição logo aparecem os primeiros sintomas, que podem se manifestar por meio de cólicas, refluxos, otite, bronquite, prisão de ventre e dermatite, entre muitos outros efeitos desagradáveis.
 
03 – O leite materno colabora com a maturação de alguns órgãos
 
Alguns órgãos não nascem totalmente prontos e, até o sexto mês de vida, o estômago, o intestino, e os rins do bebê só estão preparados para lidar com as características do leite materno e qualquer outro alimento que for oferecido irá prejudicar suas funções. De fato, quando a criança já passou dessa primeira fase e já consome todos os grupos alimentares, a amamentação já não é imprescindível para a sua nutrição. Porém, a sua função não acaba aí, quem irá colaborar com o amadurecimento deste órgãos são substâncias presentes exclusivamente no leite materno.
 
04 – É fundamental para o desenvolvimento cerebral
 
O pico da nossa formação cerebral acontece entre o terceiro trimestre da gestação e o décimo oitavo mês de vida do bebê. O principal nutriente responsável por essa formação é o Ômega 3. Mas para que a mãe consiga suprir as necessidades nutricionais do feto e depois do bebê, é imprescindível que ela também esteja bem nutrida. Muitas vezes é preciso que haja um suporte de vitaminas e minerais, que deve ser prescrito por um nutricionista. Durante a gestação e principalmente durante a fase da amamentação, a mulher precisa de uma imensa quantidade de nutrientes, esta é a etapa na qual ela terá a maior demanda de micronutrientes, como vitaminas e minerais, de toda a sua vida. Além ter pouco tempo ou disposição para cozinhar e para se alimentar bem nos primeiros meses do bebê, a falta de sono, comum nesta época e a ansiedade gerada pela nova responsabilidade podem gerar uma situação de estresse, que elimina nutrientes do organismo. Ou seja, além de um baixo consumo, o pouco que é ingerido também pode ser descartado. Por isso, em grande parte dos casos, estas quantidades não são alcançadas apenas com a alimentação e precisam ser suplementadas por profissionais da área. Apesar do ômega 3 ser um nutriente fundamental, o seu consumo é muito baixo entre todos nós, isso ocorre porque os alimentos de onde ele viria são principalmente os peixes criados livremente, que se alimentam de plânctons, que não é o caso da maioria dos que são comercializados no País.  
 
05 – A amamentação pode prevenir o aparecimento de doenças crônicas
 
Estudos comprovam que carências nutricionais da gestante na segunda metade da gravidez podem predispor o bebê a doenças metabólicas como obesidade, diabetes tipo 2 e resistência a insulina. E o oposto também acontece, uma mãe que se nutriu bem durante a gravidez e que amamenta o seu filho exclusivamente até os seis meses e, de preferência, até os dois anos, estará atuando na prevenção destas doenças.
 
06 – O leite materno colabora com o desenvolvimento neurocomportamental
 
Está comprovado que carências nutricionais da gestante na primeira metade da gravidez podem predispor o bebê a doenças neurocomportamentais como TDAH e autismo. Por outro lado, uma amamentação prolongada pode prevenir esses males.
 
07 – Uma amamentação bem feita irá colaborar com a introdução de alimentos
 
O sabor de todos os alimentos que a mulher consome durante a gestação e a amamentação passa para os filhos por meio da placenta e depois do leite materno. Portanto, quanto mais ela consumir frutas, verduras e legumes variados, mais familiaridade a criança terá com estes alimentos na hora da introdução alimentar.
 
08 – O leite materno diminui a mortalidade infantil
 
De acordo com a agência de notícias da ONU, se todos os bebês fossem amamentados nos seus dois primeiros anos, seria possível salvar a vida de mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos no mundo, todos os anos.


(Foto do Chris amamentando <3)





Bem espero que aproveitem o post, e me conta a suas experiência aqui nos comentário, sua duvidas também espero que ajudem a todas a ter uma amamentação mais consciente.
Um abraço <3

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