MITOS E VERDADES DA AMAMENTACAO
1 - Faz bem para a saúde do bebê
Verdade. Por ser rico em água, proteínas e sais minerais, o leite materno contém todos os nutrientes que o bebê precisa consumir até o sexto mês de vida. Ele ainda ajuda a desenvolver o sistema imunológico da criança e é o recurso mais eficiente para protegê-la de alergias e infecções nos primeiros meses. Além disso, o ato de sugar trabalha toda a musculatura facial, o que facilita o desenvolvimento correto da arcada dentária. Já está comprovado que crianças que mamam regularmente até os seis meses falam, respiram e mastigam melhor que as demais, além de sofrerem menos com cólicas e de seu intestino funcionar de forma mais regular. Pesquisas também mostram que amamentar faz muito bem para a saúde da mãe e diminui as chances de ela ter câncer de mama ou de ovário.
2 - Amamentar faz bem para a saúde da mãe
Verdade. Dar de mamar traz uma série de benefícios para a mulher. “Quem amamenta tem redução de risco de câncer em 5% a cada ano de aleitamento”, revela o mastologista Anastásio Berrettini, presidente da Comissão de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Mastologia (SP). Além disso, colabora para o emagrecimento e ainda tem efeito anticoncepcional na lactante, devido ao efeito da prolactina, hormônio liberado nessa fase que atua na produção do leite.
3 - Plásticas nos seios podem impedir a amamentação
Mito. Hoje em dia tanto a redução das mamas quanto o aumento com o uso de silicone são procedimentos feitos com cuidado para não danificar as estruturas mamárias e prejudicar um futuro aleitamento materno. A perda só ocorre em casos mais graves de intervenção: “Já as cirurgias radicais, principalmente devidas ao câncer de mama, usualmente impedem a amamentação pela falta de tecido mamário”, explica o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria (SP).
4 - A alimentação da mãe influencia na qualidade do leite
verdade. Quanto mais saudável o cardápio da mulher, mais nutrientes ela irá transmitir ao bebê através do leite. Porém, uma mãe mal nutrida não tem prejuízos em seu leite, mas pode trazê-los para si mesma. “Na falta de determinado composto, o organismo o retira de qualquer lugar onde ele esteja estocado. Por exemplo, mães mal nutridas podem apresentar osteoporose devido ao fato de seu organismo retirar o cálcio necessário para o bebê de seu sistema ósseo”, descreve Barros. É importante que a lactante ingira muitos líquidos, pois a água é essencial para formação do leite. Mas nada de álcool, que pode fazer mal à criança.
Como o leite chega até o bebê
. As mamas são formadas por tecido adiposo e alvéolos, esses últimos produzem e armazenam o leite
. O leite é encaminhado para o bico do seio através de ductos, que começam pequenos, e vão se unindo até formar um maior
. Quando o bebê suga o seio, a pressão faz com que o leite saia dos alvéolos e passe por esses ductos.
5 - Amamentar pode causar dor
depende Depende. Algumas mulheres apresentam mais incômodos nesse momento do que outras. O desconforto pode ter diversas causas. A dor no mamilo é comum quando a pega está errada, o bebê precisa abocanhar toda a aréola e não só o mamilo. Retirar a criança do peito também pode machucar. A dica da especialista é colocar a ponta do dedo mínimo na boca dela, para não causar mal-estar.
6 - Mamadeiras e chupetas podem atrapalhar o aleitamento
Verdade. Sugar o leite direto do seio da mãe requer mais força do que usar uma mamadeira ou chupar uma chupeta. Essa diferença pode levar ao abandono do aleitamento materno. Por isso, se a mãe sair da licença maternidade e retirar seu próprio leite para a criança tomar enquanto ela está fora, ele deve ser dado de colher ou xícara. Além disso, o uso desses dois itens pode trazer problemas fonoaudiológicos e odontológicos para a criança no futuro, se forem usados por muito tempo. Já a chupeta supre a necessidade de sucção da criança e substitui o peito em momentos que ela deveria estar mamando. Ou seja, o número de mamadas diárias talvez acabe diminuindo.
7 - A criança deve mamar apenas em um seio de cada vez
Mito. O ideal é que o bebê sugue os dois seios a cada mamada, um de cada vez, até ficar satisfeito, iniciando pela mama mais cheia. Na próxima vez, sempre dar primeiro o peito em que ele mamou por último. Se sobrar um pouco de leite, é importante que a mãe o retire (um processo chamado ordenha), manualmente ao apertar as mamas ou com uso de aparelhos. Senão ele empedra, o que, depois de algumas horas, pode causar inchaço e infecção nos seios.
8 - Canjica e cerveja preta estimulam a produção do leite?
Mito. A descida do leite depende de três fatores: que a mãe se hidrate bem (por isso, é recomendável tomar bastante líquidos), que o corpo dela esteja descansado e, o principal, que o bebê sugue o peito. Até mesmo mães adotivas, que não engravidaram, são capazes de amamentar nessas condições.
9 - O leite materno pode ser congelado?
Verdade. tanto para guardar em casa como para doar. Ao extraí-lo, é preciso seguir algumas orientações. A mãe deve prender os cabelos, lavar bem as mãos e enxugá-las com toalhas limpas. O líquido precisa ficar em um frasco de vidro com tampa de plástico. Congelado e armazenado dessa forma, o leite tem validade de 15 dias.
10 - Alguns leites são mais fracos?
Mito. A qualidade é sempre a mesma e todas as mulheres são capazes de produzir leite suficiente e adequado para o seu filho. Mesmo mães desnutridas ou que precisam seguir uma dieta restritiva conseguem preservar as propriedades do alimento.
11 - Seios pequenos produzem menos leite?
Mito. O que dá forma ao seio é o tecido adiposo, a gordura. Isso não tem nada a ver com a glândula mamária, que é a responsável pela produção do leite.
12 - Existe uma posição ideal para amamentar?
Depende. A posição ideal vai depender da idade do bebê e de como a mãe se sente mais à vontade. É apropriado que a criança esteja com a cabeça acima do resto do corpo, para evitar engasgos, e com o corpo reto, para que não fique desconfortável.
13 - Se interrompida por um longo período, a amamentação pode ser retomada?
Verdade. Basta que a mulher esvazie os seios regularmente, como se a criança estivesse mamando. Assim ela provavelmente continuará produzindo leite.
14 - A alimentação da mãe reflete no leite?
Verdade. Tudo o que ela ingere passa para o leite materno. Comidas que causam flatulência na mãe também causarão na criança. Vale a pena apostar em um cardápio variado durante o aleitamento. Estudos mostram que, se a lactante tem uma dieta variada nesse período, o bebê aceita melhor a diversidade de alimentos quando começa a comer.
15 - É um ótimo anticoncepcional.
icon-depende Depende. A amamentação aumenta a produção de prolactina, hormônio que inibe a ovulação. Mas vale uma ressalva: o efeito anticoncepcional só vale nos casos em que o bebê mama regularmente – sempre a cada duas ou três horas, todos os dias, inclusive de madrugada. Quando a criança começa a espaçar os horários, a mãe precisa voltar a tomar anticoncepcionais. Hoje, há produtos compatíveis com a amamentação, que podem ser receitados pelo ginecologista.
16 - Pegar sol nos seios ajuda.
Verdade. O contato com os raios solares aumenta a produção de vitamina D no corpo, o que fortalece a pele do seio e ajuda a evitar e a cicatrizar rachaduras nos mamilos. O ideal é começar a tomar sol ainda durante a gestação e manter o hábito durante o período de amamentação, por dez minutos, duas vezes ao dia, antes das 10 horas ou depois das 16 h.
17 - Exige uma série de adaptações no cardápio da mãe.
Mito. A recomendação é que a mãe siga um cardápio variado, rico em verduras, legumes, frutas, cereais integrais e carnes magras e pobre em produtos industrializados, gorduras, açúcares, sódio e condimentos. A única ressalva vai para leite e derivados e chocolate. O ideal é não abusar, já que eles geram cólicas no bebê.
18 - O tipo de parto interfere na amamentação.
Mito. Tanto mulheres que fizeram cesariana quanto as que tiveram parto normal podem amamentar, e a anestesia não influencia no processo de produção de leite. O que pode influenciar é que, no caso de mães que estão sentindo muita dor – devido a problemas de cicatrização, por exemplo –, há uma demora maior na descida do leite para os seios. Mas, na maioria dos casos, entre o terceiro e quarto dia após o parto, a mulher já tem leite suficiente para amamentar o bebê normalmente.
19 - Acelera a perda de peso da mãe.
Verdade. Mantendo uma dieta rica e balanceada, a mãe que amamenta de maneira exclusiva nos primeiros meses volta mais rapidamente ao seu peso normal, já que o corpo gasta cerca de 700 calorias todos os dias somente para produzir leite para o bebê. Mas vale uma ressalva: não adianta comer demais ou errado. A amamentação ajuda, mas não faz milagres, e é preciso seguir uma dieta balanceada. A mãe ainda tem menos risco de hemorragia pós-parto e sofre menos com cólicas, já que, durante a amamentação, o útero se contrai e vai voltando ao normal.
20 - A criança deve mamar a cada duas ou três horas.
Mito. Não há uma regra e a periodicidade varia conforme o bebê. A única recomendação é que a mãe ofereça o leite em “livre demanda”, ou seja, toda vez em que o bebê sentir fome. Algumas crianças, com o passar das semanas, vão criando seu próprio horário e é comum quererem mamar a cada duas ou três horas, mas é importante que a mãe não restrinja a amamentação caso o bebê prefira mamar em um intervalo maior ou menor de tempo. De qualquer forma, é bom ficar de olho: se ele quer mamar a cada hora, é provável que esteja ingerindo pouco leite e é bom pedir orientação a um profissional para identificar o problema. Outra ressalva é que bebês que dormem demais devem ser acordados a cada quatro horas para mamar. Isso evita casos de desidratação, icterícia e hipoglicemia.
21 - Amamentar aumenta os seios, mas os deixa caídos e flácidos.
icon-depende Depende. Isso varia conforme o corpo da mulher, mas existe uma tendência de os seios ficarem flácidos não pela amamentação, mas pelo próprio processo de mudança do corpo que acontece durante a gravidez, pois a mulher ganha peso durante a gestação e, quando volta ao peso normal, é comum a pele apresentar flacidez. Também não é regra que os seios vão ficar maiores do que antes da gestação. Há casos de mulheres que chegam a ganhar dois ou três números na medida do sutiã depois de amamentar, mas também é comum o inverso e os seios ficarem menores do que antes.
22 - Amamentar é fácil.
Mito. Amamentar é cansativo e exige muita paciência, principalmente no início, até que a mãe se recupere do parto e ela e a criança se adaptem ao processo, mas vale a pena. Uma dica para tornar esse momento mais fácil é participar de um curso para gestantes, ainda durante a gravidez, para tirar dúvidas e aprender detalhes que ajudam na rotina com o bebê.
23 - Fortalece o vínculo de mãe e bebê.
Verdade. Quem já amamentou sabe: esse momento rende uma troca de carinho grande entre mãe e bebê e fortalece os laços entre os dois. Segundo as especialistas, mesmo mulheres que passaram por gestações difíceis – inclusive as que estavam frustradas com uma gravidez não-planejada –, tendem a se apegar ao bebê quando começam a amamentar.
24 - Quem volta ao trabalho após a licença-maternidade precisa parar de amamentar.
Mito. Ao voltar a trabalhar mantenha sua produção utilizando uma bombinha de boa qualidade para ordenhar o leite uma ou duas vezes durante o expediente, se houver algum lugar adequado onde você trabalha. Aí você guarda bem o leite extraído, em geladeira, para que possa ser dado ao bebê por outra pessoa no dia seguinte. Se não houver geladeira ou lugar adequado, você pode aproveitar os intervalos mesmo assim, tirando o leite uma vez ao longo do expediente, mesmo que seja para jogá-lo fora. A vantagem é que você mantém a produção, ou seja, seu leite não diminui de quantidade por você estar amamentando menos. Desse modo, quando estiver em casa, você pode continuar amamentando. Pode até ser que você ache meio estranho ou chato usar a bombinha em um ambiente tão frio (mesmo que seja em um espaço reservado), mas muitas mães que tiram o leite no trabalho garantem que os benefícios compensam as inconveniências. Outra opção é retirar o leite anteriormente, armazená-lo em recipientes higienizados e refrigerá-lo. Ele pode ficar guardado por 12 horas na geladeira e até 15 dias congelado no freezer. Para descongelar, basta deixá-lo em temperatura ambiente por algumas horas ou usar banho-maria.
25 - Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses.
Verdade. O ideal é que a criança seja amamentada de maneira exclusiva até os seis e passe a mamar de maneira esporádica até os dois anos. Nesse período, a mãe deve intercalar a oferta de alimentos pastosos, sólidos e outros líquidos – é bom pedir orientação ao pediatra sobre as melhores opções –, e deixar o leite materno para períodos específicos, como só pela manhã ou antes de dormir.
Fonte ler saúde
E verdade é que amamentar e um ato de amor, o mistério e nao se deixar levar por pessoas e seja feliz espero que ajude vocês ,um abraço .
Comentários
Postar um comentário