Blw o que e isso ? #quartadaalimentacao


Vamos lá !
O que significa BLW :
Baby led weaning ao pé da letra se traduz "desmame liderado pelo bebê" .
Criado pela britânica Gill Rapley, consultora em saúde e autora do livro Baby-led Weaning: Helping Your Baby To Love Good Food ("Baby-led Weaning: ajudando seu bebê a amar boa comida", em português), o termo refere-se a uma alimentação sem o uso de colheres, papinhas ou mingaus, guiada pelo bebê. 
Ou seja seu bebe tem autonomia para comer sozinho ,geralmente como   fiz com o oli ,deixei um prato alguns legumes ou frutas (dependendo do horário se pela manha frutas ,tarde legumes e etc) e ele escolhia ,na época não tinha tanto conhecimento ,mas fiz bem ,ele come bem e pra acha que bebes assim comem como "bicho" (palavras de uma pediatra do posto aonde levo o oli quando falei sobre como ele come) ,não não a diferença e que não tem esse "grilo" de bebe comendo "forçado" ,e ele hoje come bem ,come sozinho por quando introduzi Arros feijão por falta de conhecimento adicionei novamente a colher mais ele ainda come sozinho ,e sem estresse de bagunça ,afinal nosso pequenos são crianças so uma vez ,por se preocupar com isso ?
Aqui são 4 dicas de como começar espero que gostem !
Diretrizes para a introdução de alimentos guiada pelo bebê
Como começar
Antes de iniciar o método baby-led-weaning (BLW), é importante entender como fazê-lo e entender os princípios básicos para aplicar esse método. Essas diretrizes proporcionam um melhor entendimento e aproveitamento do método. Além disso, os pais ficarão mais seguros em aplicá-lo.
A maioria dos bebês estão prontos para começar a introdução dos alimentos com 6 meses de idade. O bebê com 6 meses de idade consegue sentar sozinho e segurar objetos com a mão, já não tem o reflexo de protrusão da língua (o que evita engasgos), e o intestino está preparado para receber novos alimentos. Bebês prematuros ou que tenham alguma condição especial de saúde ou atraso motor, que afetem a sua habilidade de engolir ou mastigar os alimentos, não se recomenda esse método. Vale ressaltar que é importante que os pais discutam com o pediatra sobre a introdução alimentar do seu filho e os métodos a serem utilizados.
Princípios do método de introdução de alimentos guiada pelo bebê
1 Amamentação como base para a auto-alimentação (self-feeding)
O seio materno exclusivo e em livre demanda é recomendado durante os primeiros seis meses de vida do bebê. A amamentação em livre demanda prepara o bebê para a auto-alimentação, após completar 6 meses. Bebês que mamam no peito possuem seu próprio ritmo de alimentação e o mecanismo de fome e saciedade é estimulado. Eles também controlam sua própria alimentação e ingestão de líquidos, uma vez que decidem sozinhos quanto tempo deve durar cada mamada. E como o leite materno muda de sabor de acordo com a alimentação da mãe, o leite materno prepara o bebê para experimentar sabores diferentes.
Bebês normais, saudáveis e amamentados ao peito são capazes de iniciar sua própria introdução aos alimentos sólidos, desde que com o apoio e ajuda dos pais. Apesar da introdução dos alimentos pelo método do baby-led weaning, ter como base o self-feeding de bebês amamentados no peito, bebês que foram desmamados precocemente, ou seja, fazem uso de fórmula pela mamadeira também se mostraram capazes de aprender o método! Ou seja, o fato de o seu bebê mamar na mamadeira não é uma limitação para o método! A única diferença é que nestes casos é importante oferecer outras bebidas além do leite, como água por exemplo.
2 Entenda as motivações do bebê
Esta abordagem de introdução alimentar oferece ao bebê a oportunidade de descobrir o que os alimentos que não o leite materno ou leite de fórmula têm a oferecer, como parte do mundo que o cerca. Ela engloba na experiência da alimentação o desejo do bebê de experimentar, explorar e imitar, comum dessa fase! Permite ao bebê definir o tempo de cada refeição e dá ênfase à exploração, ao invés da alimentação em si, e torna a transição aos alimentos sólidos seja da forma mais natural possível. Isso porque a motivação dos bebês a fazerem essa transição é muito mais a curiosidade do que a fome em si!
As refeições não precisam coincidir exatamente com o horário em que as mamadas aconteciam anteriormente. O aleitamento materno pode ser mantido e os alimentos são introduzidos em conjunto. Isso permite que essa abordagem seja mais descontraída e agradável para todos.
3 O bebê pode engasgar?
Muitos pais se preocupam com o risco do bebê engasgar dessa forma. Embora esse método pareça arriscado, há mais motivos para pensarmos que o bebê tem menos risco de engasgar quando estão no controle do que quando são alimentados com a colher. Vamos pensar por etapas de aquisição das habilidades do bebê. Os bebês desenvolvem primeiro a habilidade de mastigar antes da habilidade de empurrar o alimento intencionalmente até a garganta. E antes de aprenderem a mastigar, eles desenvolvem primeiro a habilidade de alcançar e agarrar coisas. Mais tarde ainda, desenvolve-se a habilidade de pegar coisas muito pequenas. Ou seja, bebês pequenos não podem se colocar em risco facilmente, já que eles ainda não conseguem pegar pedaços pequenos de comida. Ao alimentarmos o bebê com a colher, podemos encorajá-lo a sugar o alimento diretamente para o fundo da boca, aumentando o risco de engasgo.
Dessa forma, percebemos que o desenvolvimento geral de um bebê está muito ligado à sua habilidade pegar objetos (os alimentos nesse caso, por isso os pedaços em forma de haste, compridos, de forma que ajude o bebê a pegá-los), levá-los à boca, mastigá-los e engoli-los. Um bebê que resiste muito a colocar comida na boca, provavelmente ainda não está completamente pronto para comê-la. Por isso, é importante resistir à vontade de “ajudar” o bebê nessas circunstâncias, já que seu próprio desenvolvimento e habilidades assegurarão que a transição aos sólidos seja feita no momento certo para ele, diminuindo assim, o risco de engasgos
O bebê que inicia a alimentação deve estar sempre sentado ou apoiado na cadeirinha na posição vertical. Isso garante que algum alimento que ele não seja capaz ou não queira engolir seja expelido pra fora (isso vai acontecer…).
4 É seguro?
Ao adotar o método baby-led-weaning, devemos manter as mesmas medidas de segurança adotados na hora da alimentação. Embora seja muito improvável que um bebê consiga pegar um amendoim, por exemplo, situações e acidentes podem acontecer em raras ocasiões, independente da forma como seja alimentado. Dessa forma, esse tipo de alimento deve ser deixado fora do alcance do bebê, assim como brinquedos com peças muito pequenas não podem ser dadas ao bebê, e existem brinquedos próprios para cada faixa etária. Lembre-se, as regras normais de segurança na hora de comer e brincar devem ser seguidas!
5 Garantindo uma alimentação saudável com o método BLW
Bebês que se alimentam sozinhos aceitam uma grande variedade de alimentos. Isso acontece, porque eles aproveitam muito mais do que apenas o sabor dos alimentos – eles experimentam as texturas, cores, tamanhos e formatos. Além disso, oferecer alimentos separadamente ou de um jeito que eles possam separá-los, permite que eles aprendam sobre os diferentes sabores e texturas. Ao permitir que eles deixem de comer qualquer coisa que eles pareçam não gostar irá prepará-los e encorajá-los a experimentar coisas novas. (Isso não significa que você não poderá oferecer o alimento rejeitado em outra ocasião, isso pode e deve acontecer!)
Os mesmos princípios de uma alimentação saudável para crianças são aplicados aos bebês que alimentados pelo método baby-led-weaning.  Isso significa que fast-foods, comidas com açúcar ou sal adicionados devem ser evitadas (pra não dizer banidas!). Respeitando-se isso, assim que o seu bebê tiver mais de seis meses de idade, não é necessário (exceto caso haja histórico familiar ou pessoal de alergias ou qualquer suspeita alteração intestinal ou doença) restringir o cardápio oferecido. Frutas e vegetais são os ideais, sendo que os mais duros podem ser levemente cozidos, para que fiquem macios o suficiente para serem mastigados. No começo, é melhor oferecer a carne em pedaços grandes, para que possa ser explorada e chupada (provavelmente no início é só isso que o bebê vai fazer…). Quando o bebê começar a lidar bem com porções de comida, e conseguir pegar objetos menores, a carne picada funcionará bem. (Bebês não precisam de dentes para morder e mastigar – as gengivas fazem o papel, pois pela proximidade dos dentes, já estão mais endurecidas e com capacidade de mastigar). A sua habilidade em pegar e mastigar esses alimentos, bem como a sua aceitação é o parâmetro para mostrar sua capacidade em comê-los!
Não há necessidade de cortar a comida do tamanho da boca do bebê. Um bom parâmetro é cortar tudo de tamanhos e formas semelhantes ao punho do bebê, com um detalhe importante: bebês pequenos não conseguem muito bem abrir a mão com o propósito de soltar as coisas. Portanto, eles lidam melhor com comidas cortadas em palitos ou que tenham uma haste ou “pegador” (como o caule de um pedaço de brócolis ou couve flor, por exemplo). Assim eles podem mastigar os pedaços que estão fora da sua mão e então soltar o resto depois – normalmente quando se interessarem por outro pedaço. Assim que suas habilidades forem aumentando, menos comida será desperdiçada.
6 Como fazer com as bebidas?
A composição do leite materno varia de acordo com a duração da mamada. O leite do início da mamada, o anterior, é rico em água e o leite posterior, do final da mamada, tem mais gordura. Um bebê amamentado no peito reconhece essa mudança e usa isso para controlar quanto líquido quer beber. Se ele estiver com sede, irá mamar por pouco tempo, se estiver com fome, irá mamar por um período maior. Por isso que bebês amamentados em livre demanda e exclusivamente até os 6 meses não precisam de nenhuma outra bebida, mesmo nos dias quentes!
Este princípio funciona também durante o período de transição para a comida da família se o bebê continuar mamando em livre demanda. Um copo de água pode ser oferecido nas refeições, como parte da oportunidade de exploração, mas não há preocupações maiores se ele não quiser beber nada.
Se for possível continuar a amamentação em livre demanda isso tem a vantagem de permitir ao bebê decidir quando e quanto ele vai mamar, e naturalmente ocorrerá a diminuição das mamadas, conforme a criança aumenta o seu consumo e interesse por outros alimentos.
Para as mamães que começarem a trabalhar e a livre demanda não é possível, você pode retirar o leite e armazenar para oferecer ao bebê, veja no post sobre Amamentação e trabalho.
Estudos científicos tem comprovado que fatores nutricionais e metabólicos em fases iniciais do desenvolvimento humano têm efeito em longo prazo para toda a vida adulta. Isso quer dizer que os primeiros anos de alimentação do bebê são absolutamente essênciais para determinar como o corpo dele vai funcionar, e como será sua saúde na vida adulta. Agressões alimentares nessa primeira fase de vida, tão suscetível, podem causar efeitos negativos no futuro. Melhor garantir um futuro saudável para nossos filhos.
O leite materno continua sendo a principal fonte de nutrientes para o bebê até 1 ano de vida. A alimentação a partir dos 6 meses é complementar. A introdução dos alimentos só deve ser iniciada aos 6 meses, antes disso o bebê possui mais chances de desenvolver alergias alimentares e eczemas, pois o sistema digestivo da criança não está pronto para receber outros tipos de alimentos ainda. A partir do sexto mês o bebê começa a produzir enzimas digestivas em quantidades suficiente que permitem que ele aos poucos receba outros alimentos. A maturidade fisiológica e neurológica acompanha a habilidade de sentar e agarrar objetos. O bebê passa a não ter tanto o reflexo de empurrar a língua para frente. Mesmo o bebê que não mama no seio materno, e toma apenas fórmula láctea, mesmo este não deve introduzir os alimentos antes dos 6 meses (como de forma muito errada e irresponsável muitos pediatras vem indicando), essa é a instrução dada pela própria Sociedade Brasileira de Pediatria, baseada nos estudos mais recentes - o bebê deve continuar apenas com fórmula até os 6 meses, caso o leite materno não seja possível.
Após os 6 meses o bebê deve receber alimentos complementares um a um, como caráter de teste, para aos poucos ir diversificando. Deve se ofertar os alimentos 3x ao dia para bebês que mamam no seio, e 5x caso não mamem mais. Se a criança recusar um alimento, deve-se oferecer novamente em outras ocasiões. É normal que leve-se até mesmo 10 exposições do mesmo alimento para que a criança passe a aceita-lo. Oferecer frutas como sobremesa é válido após as refeições principais pois ajuda na absorção do ferro presente nos alimentos vegetais como o feijão e as folhas verde-escuras.
A capacidade gástrica da criança é pequena, e após os 6 meses é em torno de 20 a 30ml/kg. Por exemplo, uma criança com 7kg, tem uma capacidade gástrica em torno de 200ml, para cada refeição.
Não, a criança não precisa nem deve "experimentar" tudo que a família come, por exemplo iogurtes industrializados, queijinhos, bebidas alcólicas, achocolatados, sorvetes, biscotos recheados etc. A criança deve ser protegida de "experimentações" que não façam bem a ela.
Nunca brigue com a criança para que ela coma tudo o que VOCÊ quer que ela coma. Não o obrigue a comer até o fim caso ele esteja dando claros sinais de já estar satisfeito. Geralmente somos ansiosas e esperamos que elas comam mais do que de fato precisam. Forçar o bebê a comer pode fazer com que ele aceite cada vez menos. Cuide para não transmitir sentimentos de frustração para a criança, e nem passe a mensagem de que ela será mais amada caso coma além do seu limite.
Crianças tem personalidades diferentes e nem tudo que funcionou com um funciona com o outro. O paladar de cada um é único, e o apetite também pode variar.
O leite de vaca integral, por várias razões, entre as quais o fato de ser pobre em ferro e zinco, não deverá ser introduzido antes dos 12 meses de vida. É um dos grandes responsáveis pela alta incidência de anemia ferropriva em menores de 2 anos no Brasil.
Os sucos naturais devem ser evitados, mas se forem administrados que sejam dados no copo, de preferência após as refeições principais, e não em substituição a estas, em dose máxima de 100 mL/dia (manual SBP). Dê preferência a fruta in natura, sucos se transformam em açucar no organismo e contém poucas fibras.
Alimentação não é apenas para o corpo, deve nutrir o emocional também. Faça desse momento algo alegre, interessante, tranquilo. Se alimentar não é apenas encher o estômago, permita que a criança se relacione com o alimento, não a alimente usando distrações, participe do momento. Deixe a criança se sujar e explorar a experiência.
Fonte:
http://bebe.abril.com.br/materia/baby-led-weaning-uma-nova-forma-de-introduzir-os-solidos
http://pat.feldman.com.br/2014/08/11/nao-ofereca-sucos-aos-seus-filhos/
http://alaya77.blogspot.com.br/2015/02/introducao-alimentar-pelo-metodo-blw-o.html

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