Fisiologia da Lactação #forcanotete

A amamentação não é uma tarefa fácil, nunca será ,mas quando entendemos o que está acontecendo no nosso corpo ,fica um pouco mais fácil não mesmo !
Aqui em baixo uma introdução Fisiologia da Amamentação e dicas sobre a amamentação ,boa sorte a nos força no tete que tudo vai dar certo .


Fisiologia da lactação

Logo após o descolamento da placenta observa-se significante redução nos níveis circulantes de progesterona, enquanto os de prolactina permanecem elevados. Inicialmente, até o terceiro ou quarto dia de puerpério, a produção de prolactina parece não depender da sucção mamilar pelo recém-nascido, atitude que se torna fundamental após esse período, quando a ausência do estimulo mamário faz com que a síntese de prolactina decline.

Os estrogênios e os progestagênios apresentam efeito sinérgico com a prolactina no estímulo da mamogênese, porém inibem a sua ação galactopoética. Os estrogênios dificultam o aumento do numero de receptores de prolactina, normalmente observado durante a amamentação, e diminuem a quantidade de prolactina incorporada às células do alvéolo mamário. Após o secundamento observa-se brusca queda dos níveis destes esteroides, o que acarreta a liberação da ação galactopoética da prolactina – as células alveolares passam de pré- secretoras para secretoras.

A secreção de prolactina é controlada por fatores hipotalâmicos, estimulantes e inibidores. A inibição é mediada pela dopamina, que atua diretamente sobre as células lactotróficas da hipófise anterior. Com conseqüência, as drogas que bloqueiam a ação da dopamina, como a metoclopramida e o sulpiride, exercem efeitos hiperprolactinêmicos, ao passo que os seus antagonistas, como a cabergolina, reduzem os níveis plasmáticos de prolactina.
Fonte:http://anadoulaenutri.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html


Como preparar os seios para a amamentação?

A preparação para a amamentação deve começar ainda durante a gestação, com a busca de informações adequadas, baseadas em evidências científicas.

A regra número um da preparação para a amamentação durante a gestação é lavar os mamilos apenas com água e não utilizar nenhum tipo de sabonete, óleo ou creme: os mamilos possuem uma hidratação natural, que é ideal e deve ser preservada.

Não é necessário tomar banho de sol nos mamilos durante a gestação, nem esfregar os seios com bucha: isso apenas os machuca e sensibiliza, e não melhora a amamentação. Os seios já passam por uma transformação natural durante a gestação, que os prepara para a amamentação: sua pigmentação se modifica, assim como seu formato, e sua sensibilidade também se altera.

As primeiras mamadas do bebê

O bebê nasce com o reflexo de se arrastar até o seio, procurá-lo e sugá-lo (breastcrawl). Este reflexo é visível já na primeira hora de vida do bebê, e deve ser estimulado, por isso a amamentação na primeira hora de vida e o contato precoce, pele-a-pele, entre mãe e filho, ainda na sala de parto, são tão importantes.


Colostro
Nos primeiros dias após o parto, a mulher produz o colostro, que é o "primeiro leite". É um leite amarelado e espesso (grosso), que vem em pequena quantidade de cada vez.

O colostro é um leite muito especial, de fácil digestão e assimilação e com grande quantidade de substâncias que protegem o bebê. É uma verdadeira “vacina’ contra doenças perigosas que a mãe já teve. O colostro “limpa” o intestino do bebê, ajudando-o a evacuar o mecônio (primeiras fezes).

A Pega

Na hora de mamar, o bebê abre a boca como se estivesse bocejando, e abocanha praticamente o mamilo inteiro da mãe. Sua boca deve cobrir grande parte da aréola, seu nariz deve encostar no seio da mãe e suas bochechas devem ficar cheias, jamais encovadas. O lábio inferior do bebê deve fazer um formato de "peixinho", e a mãe deve poder escutar sua deglutição. Caso o bebê abocanhe apenas a ponta do mamilo, a melhor coisa a fazer é retirá-lo do seio e voltar a colocá-lo.

O bebê se guia até o mamilo graças ao cheiro de leite, e utiliza a sensibilidade de suas bochechas e lábios para descobrir exatamente o local que deve abocanhar. O recém-nascido também possui um reflexo capaz de lhe salvar a vida: quado algo é inserido em sua boca, ele o cospe. Por isso é importante permitir que o bebê encontre o mamilo e o abocanhe sozinho, e não se deve inserir a força o mamilo na boca do bebê, sob pena de dificultar ainda mais o processo de amamentação.

O bebê tem o instinto de buscar o mamilo, e sua mãe tem o instinto de ajudá-lo nessa tarefa. Quando ambos trabalham juntos, em sintonia, a amamentação se torna um processo natural e prazeroso.

Quando a pega do bebê está correta, o movimento que faz ao sugar o seio é similar ao de morder, e ele trabalha todos os músculos maxilo-faciais. Já o bebê alimentado por mamadeira faz outra posição na hora de sugar, que não trabalha corretamente esses músculos. Além do mais, a mamadeira não exige que o bebê faça nenhum esforço para gerar a saída do leite, o que acaba deixando o bebê mal acostumado, e acaba fazendo com que se alimente mais do que o necessário. Por isso, para as mulheres que desejam amamentar, se recomenda que evitem ao máximo utilizar mamadeiras ou bicos de silicone similares a mamadeiras, para não criar o fenômeno conhecido como confusão de bicos, que pode gerar o desmame precoce.


Massageando os seios para estimular a produção de leite

Quanto mais os seios são estimulados, maior é a sua produção de leite. As massagens nos seios são simples de serem feitas e bastante indicadas, porém não devem ser feitas durante a gestação, apenas após o nascimento do bebê, pois o estímulo dos seios provoca contrações uterinas, e pode desencadear um trabalho de parto precoce.

As massagens permitem que a mulher conheça melhor seu corpo, aprenda onde se encontram seus ductos de leite, qual é a sensação de tê-los cheios e vazios, e quais são os estímulos que ajudam a esvaziar a mama. A massagem é essencial para possibilitar a ordenha manual que, quando bem feita, previne problemas mais sérios, como o empedramento do leite e a mastite.

Instruções:

Apóie três dedos na beirada externa da aréola e faça movimentos circulares e em direção ao seio. Faça massagens dessa maneira ao redor de toda a aréola, para esvaziar os ductos mais superficiais e facilitar para o bebê na hora de abocanhar o mamilo. Esta massagem é útil nos casos de seios muito cheios de leite, que ficam com os mamilos rasos por estarem excessivamente cheios.
 Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da base até o bico, como se fosse uma ordenha. Repita o movimento cinco vezes com delicadeza, mas com energia. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. Esse procedimento ajuda na “descida” do leite e pode ser repetido uma ou duas vezes por dia.
Com os dedos, faça movimentos circulares em toda a mama. Este movimento ajuda a conhecer melhor o próprio seio e reconhecer onde se encontram os ductos mais cheios de leite.
 Com as palmas das mãos dos lados do seio, massageie em movimentos circulares. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. Faça massagens dessa maneira ao redor de todo o seio, para esvaziar os ductos mais profundos.

O dilema do mamilo

Uma das grandes preocupações das mulheres é com o formato do seu mamilo, e como ele pode vir a influenciar na amamentação. Existem três formatos principais de mamilos: o mamilo protuso ou normal, o mamilo raso e o mamilo invertido. Para a maioria dos bebês, o formato do mamilo importa pouco, pois eles abocanham praticamente a aréola inteira na hora de mamar e, com seu movimento de sucção, o mamilo acaba saindo, mesmo que seja apenas durante a amamentação. Mas para alguns bebês, um mamilo invertido pode causar um pouco de confusão na hora da amamentação.


As mulheres com o bico do seio invertido, e cujo bebê esteja apresentando dificuldades para efetuar a pega correta, podem fazer uma massagem específica para estimular a saída do bico para fora. Muitas vezes, durante a gestação, o mamilo sai naturalmente; caso isso não tenha ocorrido, a gestante pode fazer a seguinte massagem: segure a extremidade do bico com o polegar e o indicador e rode os dedos, como se estivesse aumentando o volume do rádio.

Atenção: esta massagem só precisa ser feita imediatamente antes da amamentação, apenas para facilitar para o bebê abocanhar o mamilo. Se o mamilo invertido não saiu sozinho durante a gestação, é muito difícil fazer com que fique protuso para sempre. E nem é necessário: o mamilo só precisa estar para fora enquanto está na boca do bebê, e isso gralmente acontece naturalmente com a sucção.



Mas e o leite?

O Leite Materno “desce” 2 ou 3 dias após o parto (apojadura). Tem aspecto “aquoso”, o que não significa que seja fraco: o leite contém grande quantidade de água, matando a sede do bebê, por isso não é necessário dar água nem chás entre as mamadas.

A descida do leite é marcada por um aumento impressionante do tamanho das mamas, e muitas vezes é acompanhada de dor e desconforto. É essencial contar com o apoio de profissionais especializados para aconselhá-la nessa hora.

O Leite Materno contém grande quantidade de vitaminas, proteínas e todos os nutrientes que o bebê precisa para se desenvolver nos primeiros meses de vida. No início da mamada o leite é claro, ficando mais denso e cremoso no final dela, porque contém mais gordura. Portanto você deve dar uma mama até que se esvazie totalmente, oferecendo a outra logo após. Se o bebê não mamar todo o leite da outra mama é porque já está satisfeito. No caso dela ficar ainda cheia de leite, faça a ordenha manual.

Como o Leite Materno é Produzido?

A amamentação depende de dois hormônios principais: a Prolactina, responsável pela produção de leite, e a Ocitocina, responsável pela contração dos ductos mamários e pelo reflexo de ejeção do leite. Para que sejam liberados estes hormônios, é necessário que a mulher se encontre em um ambiente calmo e esteja livre de stress, pois a adrenalina bloqueia a produção de Ocitocina. A voz e o olhar da criança estimulam a produção deste hormônio, também conhecido como hormônio do amor, e um dos principais responsáveis pelo vínculo mãe-bebê. A Prolactina é estimulada pelo contato e pelo cheiro do bebê, assim como pela sucção do mamilo. Quanto maior o estímulo nos seios, maior a produção de leite, por isso, o melhor remédio para as mulheres que acreditam ter pouco leite é amamentar mais, com mais frequência, e evitar a ansiedade.

Ai meu peito!
Muitas mulheres encontram dificuldades com a amamentação, principalmente nas primeiras semanas de vida do bebê. As mais comuns são:

MAMILOS RACHADOS OU SANGRANDO:
Nos primeiros dias, a amamentação pode provocar algum desconforto no começo de cada mamada. Mas mamilos doloridos, rachados ou sangrando não são um efeito colateral comum da amamentação, e sim sinal de que a "pega" do bebê não está correta. É importante lembrar que a amamentação não é um ato dolorido e que se isso ocorrer é porque alguma coisa precisa ser mudada. Se estiver com os mamilos rachados ou doloridos, evite lavar os mamilos imediatamente antes ou depois das mamadas. Como o leite tem efeito bactericida e hidratante, passe um pouco nos bicos após o aleitamento. Procure trocar o sutiã quando estiver molhado e só lave a região com água, sem passar nenhum produto.

INGURGITAMENTO MAMÁRIO (seios muito cheios e doloridos):
O ingurgitamento mamário, consiste em parte no aumento da quantidade de sangue e fluídos nos tecidos que suportam a mama (congestão vascular) e de certa quantidade de leite que fica retido na glândula mamária. Quando isto ocorre, as duas mamas ficam inchadas (aumentam de volume, dolorosas, quentes, vermelhas, brilhantes e tensas por causa do edema (líquido) nos tecidos. A mãe queixa-se de dor principalmente na axila e pode ter febre. O ingurgitamento geralmente ocorre alguns dias (2 a 5) após o nascimento (na apojadura) ou em qualquer outra época durante a amamentação, e a solução é o esvaziamento da mama, seja pelo aleitamento ou pela ordenha.
MASTITE (inflamação da mama):
O ingurgitamento mal tratado pode facilitar o início da mastite, que é facilmente diagnosticado: mamas quentes, febre, dor a palpação e podendo existir pus. A mastite é mais freqüente na 2ª e 3ª semanas depois do parto.  A mãe deverá descansar por mais tempo. Deverá tirar uma licença de seu emprego. Se continuar a trabalhar a infecção poderá retornar.  Mais uma vez, a solução é o esvaziamento da mama, seja pelo aleitamento ou pela ordenha. Atenção! Compressas quentes dão um alívio imediato, mas podem piorar a situação a longo prazo, evite usá-las!

Técnicas para aquelas que ainda não conseguiram amamentar
Algumas vezes, demora um pouco para que a amamentação realmente se estabeleça, e até lá, como fazer para alimentar o bebê sem ceder à mamadeira ou chuquinha?

Em caso de dificuldades com a amamentação, é recomendável dirigir-se a um Banco de Leite Humano, onde enfermeiras e consultoras em amamentação poderão ajudar no seu caso específico e  lhe dar todas as recomendações necessárias para utilizar as técnicas de complementação como a relactação e o copinho. Descubra qual é o Banco de Leite Humano mais próximo de você.

Fonte: Doula Adele

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ana Viela - Promete ,Musica mais linda !

A propaganda e seus encantos...