#quartadaalimentacaosaudavel Botulismo
O que botulismo ??
Por ele pode ser tão perigoso para nossos pequenos ?
Aqui uma reportagem da revista Saúde & Qualidade de vida ,bem explicativo !
Aqui em casa ainda não introduzi o mel para oli ,por que como pretendo dar doce so depois de dois anos , ainda fico meio assim de dar mel ,pra ser honesta não vejo necessidade de dar agora ,depois vou dar uma olhada se realmente a necessidade em fim ,fica o alerta !!
Mel e Botulismo na Infância: Entenda os Riscos
Saúde & Qualidade de Vida - Crianças
Saúde & Qualidade de Vida - Crianças
Muitas mães, na tentativa de evitar o consumo de açúcar de cana por seus bebês, optam por escolhas tidas como mais saudáveis para adoçar os sucos ou chás. Neste âmbito, o consumo de mel, que é também utilizado na infância por possíveis propriedades expectorantes, torna-se uma alternativa supostamente mais saudável, porém este é altamente contra-indicado para crianças de até 12 meses de vida.
Este alimento é uma fonte potencial de transmissão do botulismo, principalmente pela deficiência de fiscalização nas propriedades produtoras do mel in natura. A criança durante os primeiros anos da vida ainda está adquirindo a imunidade necessária para protegê-la de microrganismos patogênicos como o Clostridium botulinum, que causa o botulismo. (Sillos & Fagundes, 2007).
O botulismo ocorre quando há a ingestão de esporos presentes no alimento, seguida da fixação e multiplicação do agente no ambiente intestinal, onde ocorre a produção e absorção da toxina. A ausência da microbiota de proteção permite a germinação de esporos e a produção de toxina na luz intestinal. Essa transmissão ocorre com maior freqüência em crianças com idade entre 3 e 26 semanas – motivo pelo qual foi inicialmente denominado botulismo infantil (Guia de vigilância epidemiológica, 2005).
A figura abaixo mostra o bloqueio da placa motora pela toxina botulínica:
Nas crianças, o aspecto clínico do botulismo intestinal varia de quadros com constipação leve à síndrome de morte súbita. Manifesta-se inicialmente por constipação e irritabilidade, seguidos de sintomas neurológicos caracterizados por dificuldade de controle dos movimentos da cabeça, sucção fraca, disfagia, choro fraco, hipoatividade e paralisias bilaterais descendentes, que podem progredir para comprometimento respiratório. Casos leves caracterizados apenas por dificuldade alimentar e fraqueza muscular discreta têm sido descritos (Guia de Vigilância Epidemiológica, 2005).
O botulismo infantil foi reconhecido inicialmente em 1976 ocorrendo em lactentes menores de 1 ano pela ingestão dos esporos do Clostridium botulinum contidos em alimentos mal conservados. Estudos epidemiológicos e clínicos vêm mostrando um crescimento na incidência desta patologia nos últimos anos. De todos os alimentos que oferecem risco para o botulismo infantil o mel constitui a principal fonte (Barreto & Silva, 2007).
De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em maio de 2007, meios de comunicação divulgaram que 16% do mel brasileiro poderia estar contaminado com Clostridium botulinum. A partir disso, produtores e comercializadores de mel, preocupados com a repercussão da reportagem, solicitaram que a ANVISA se manifestasse sobre o assunto. Então, com as devidas orientações dos especialistas, foi realizado um levantamento no país e notou-se que até aquele momento não havia qualquer notificação de caso confirmado da doença no Brasil (ANVISA, 2008).
Com base em publicações oficiais da Secretaria de Vigilância em Saúde/ Ministério da Saúde e publicações científicas sobre contaminação do mel brasileiro com Clostridium. botulinum elaborou-se o Informe Técnico nº. 37, de 28 de julho de 2008, que descreve todos os aspectos da doença e coloca como estratégia de prevenção que a população deve ser orientada sobre o preparo, a conservação e o consumo adequado dos alimentos associados a risco do adoecimento. Especificamente no caso do botulismo intestinal, os pais e educadores devem ser alertados para não incluir o mel na alimentação de crianças menores de um ano de idade. Medidas sanitárias cabíveis devem ser adotadas de acordo com a legislação vigente e a situação encontrada (ANVISA, 2008).
Portanto, existe uma preocupação das autoridades epidemiológicas em relação a essa doença, porque, apesar de rara por causas das técnicas de higiene e da utilização das boas práticas de fabricação, ainda existe uma pequena parcela de surtos no país. Em função disto, o melhor a fazer é conscientizar o consumidor e as mães dos riscos que certos alimentos, como o mel, podem trazer às suas famílias, devendo os mesmos utilizarem técnicas com o cozimento das conservas, não alimentar lactentes com alimentos suspeitos ou até deixar de comprá-los. Estas medidas podem ser de grande ajuda para a erradicação ou diminuição da incidência do botulismo (Monte & Giugliani, 2004).
Referências bibliográficas:
SILLOS, M. D; FAGUNDES. U. N. Foodborne – Doenças Veiculadas por Alimentos - Intoxicação Alimentar. Disponível em: <http/egastroped.com.br/sept04/intoxica.htm>. Acesso em: 21 de nov. 2007.
Guia de Vigilância Epidemiológica; Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 6. Ed. Brasília. 2005. 816 p.
VRANJAC, A. Investigação do Surto de Botulismo Associado ao Tofu (Queijo de Soja) no Município de São Paulo. Curso EpiSUS, São Paulo, SP. 2006.
MONTE, C. M. G; GIUGLIANI E. R. J. Recomendações para Alimentação Complementar da Criança em Aleitamento Materno. Jornal da Pediatria. Rio de Janeiro, RJ. vol.80, n°05 supl./S 131. 2004.
MENDES, R. Botulismo no mel – Revisão de literatura – Unv. Castelo Branco. Instituto de Pós Graduação Qualittas em Medicina Veterinária. Curso de Higiene e inspeção de produtos de origem animal. Brasília. 25 de fev. 2008
BARRETTO, J. R; SILVA, L. R. Intoxicações Alimentares. Disponível em: <www.medicina.ufba.br/.../dep_pediatria/disc_pediatria/disc_prev_social/roteiros/
diarreia/intoxicacoes.pdf>. Acesso em: 19 de nov. 2007.
SOUSA, R. Silva; CARNEIRO, J. G. M. Pesquisa de sujidades e matérias estranhas em mel de abelhas (Apis mellifera L.). Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(1): 32-33, jan.-mar. 2008
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em www.anvisa.gov.br. Acesso em 27/08/2008
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